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Cooperativas e aplicações financeiras

No Brasil, a lei número 5.764, de 16 de dezembro de 1971, define a Política Nacional de Cooperativismo e institui o regime jurídico das sociedades cooperativas. De acordo com o seu artigo 28, as cooperativas são obrigadas a constituir Fundo de Reserva destinado a reparar perdas e atender ao desenvolvimento de suas atividades, constituído com 10%, pelo menos, das sobras líquidas do exercício.


No cooperativismo de saúde, um dos sete ramos cooperativos no Brasil, uma operadora de planos de saúde precisa ter reservas técnicas garantidoras e livres, exigidas pela Agência Nacional de Saúde (ANS). Se de um lado significam segurança, de outro são oportunidade de geração de resultados extras para a cooperativa, ou seja, para todos os seus cooperados. Essas reservas, quando bem geridas, podem trazer uma receita financeira importante para a cooperativa.


Desafio para as áreas financeiras das cooperativas? Sim. Começando pela identificação de quais aplicações financeiras se encaixam no seu perfil de investidor. No mundo dos investimentos, não faltam opções de aplicações financeiras, que atendam aos mais diferentes perfis de investidores, de conservadores e moderados até os mais agressivos. No entanto, antes de escolher uma aplicação financeira, é preciso entender como ela funciona. Investir no escuro não é a melhor decisão para entrar nesse mercado.


Três conceitos-chave são fundamentais para a gestão de investimentos, e em especial dos fundos de reserva de uma instituição cooperativa. Estamos falando de rentabilidade, liquidez e risco. É essencial que o foco do investimento seja o retorno que se obtém, e para isso não basta feeling, mas análises robustas de comportamento de aplicações ou até mesmo títulos, para se garantir a melhor rentabilidade possível.


O segundo conceito, a liquidez, é a análise do tempo necessário para se resgatar o valor aplicado em um investimento. De novo, é importante analisar a variação da liquidez dos tipos de aplicação e considerar que as que contam com períodos maiores, em geral, têm maior liquidez. No entanto, investimentos dessa natureza são muito complexos e essa é uma regra que conta com exceções.


Por último, o mais temido dos três conceitos, o risco. Diferente do que muitos pensam, a análise de risco envolve a probabilidade de que o retorno ao investimento seja menor do que o esperado. E pior, que seja negativo, gerando prejuízo. Para abater esse bicho de sete cabeças, precisamos jogar contra ele. Além disso, o mercado oferece inúmeras opções de investimentos em modalidades conservadoras de baixo risco.


Cesar Vilela Nunes, Diretor Administrativo e Financeiro da Unimed Goiânia.

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